quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tudo acaba em pizza


Esta é sem dúvida alguma uma das expressões mais comuns no Brasil, muito usada quando alguém quer criticar a política nacional - “tudo acabou em pizza.”

Quando alguma coisa errada é discutida e não terá uma solução ,ou seja, sem que ninguém seja punido.
O termo surgiu através do futebol.
Na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e durante 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam morrendo de fome. Então, todos foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas gigantes, depois disso, foram para casa e a paz reinou absolutamente. Depois desse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava na Gazeta Esportiva, fez uma manchete: “Crise do Palmeiras termina em pizza”, daí em diante o termo pegou.

Pesquisa em diversas fontes

Tabela de Bodas


Boda é a celebração, civil ou religiosa, que celebra o casamento. Desta forma, a cada ano existe um material que representa uma nova etapa - Conforme Tabela abaixo.

1 ano - Bodas de Papel
2 anos - Bodas de Algodão
3 anos - Bodas de Trigo ou Couro
4 anos - Bodas de Flores e Frutas ou Cera
5 anos - Bodas de Madeira ou Ferro
6 anos - Bodas de Perfume ou Açúcar
7 anos - Bodas de Latão ou Lã
8 anos - Bodas de Papoula ou Barro
9 anos - Bodas de Cerâmica ou Vime
10 anos -Bodas de Estanho ou Zinco
11 anos - Bodas de Aço
12 anos - Bodas de Seda ou Onix
13 anos - Bodas de Linho ou Renda
14 anos - Bodas de Marfim
15 anos - Bodas de Cristal
16 anos - Bodas de Safira ou Turmalina
17 anos - Bodas de Rosa
18 anos - Bodas de Turquesa
19 anos - Bodas de Cretone ou Água Marinha
20 anos - Bodas de Porcelana
21 anos - Bodas de Zircão
22 anos - Bodas de Louça
23 anos -Bodas de Palha
24 anos -Bodas de Opala
25 anos -Bodas de Prata
26 anos -Bodas de Alexandrita
27 anos -Bodas de Crisopázio
28 anos -Bodas de Hematita
29 anos -Bodas de Erva
30 anos -Bodas de Pérola
31 anos - Bodas de Nácar
32 anos - Bodas de Pinho
33 anos - Bodas de Crizo
34 anos - Bodas de Oliveira
35 anos - Bodas de Coral
36 anos - Bodas de Cedro
37 anos - Bodas de Aventurina
38 anos - Bodas de Carvalho
39 anos - Bodas de Mármore
40 anos - Bodas de Rubi ou Esmeralda
41 anos - Bodas de Seda
42 anos - Bodas de Prata Dourada
43 anos - Bodas de Azeriche
44 anos - Bodas de Carbonato
45 anos - Bodas de Platina ou Safira
46 anos - Bodas de Alabastro
47 anos - Bodas de Jaspe
48 anos - Bodas de Granito
49 anos - Bodas de Heliotrópio
50 anos - Bodas de Ouro
51 anos - Bodas de Bronze
52 anos - Bodas de Argila
53 anos - Bodas de Antimônio
54 anos - Bodas de Níquel
55 anos - Bodas de Ametista
56 anos - Bodas de Malaquita
57 anos - Bodas de Lápis Lazuli
58 anos - Bodas de Vidro
59 anos - Bodas de Cereja
60 anos - Bodas de Diamante ou Jade
61 anos - Bodas de Cobre
62 anos - Bodas de Telurita
63 anos - Bodas de Sândalo
64 anos - Bodas de Fabulita
65 anos - Bodas de Ferro ou Safira
66 anos - Bodas de Ébano
67 anos - Bodas de Neve
68 anos - Bodas de Chumbo
69 anos - Bodas de Mercúrio
70 anos - Bodas de Vinho
75 anos - Bodas de Brilhante ou Alabastre
80 anos -Bodas de Nogueira ou Carvalho

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Estamos todos no Inferno!


Estamos todos no inferno
Entrevista ao Jornal O GLOBO por "Marcola"
Arnaldo Jabor jornalista e cineasta

- Você é do PCC?
- Mais que isso, sou um sinal de novos tempos. Era pobre e invisível... Vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria... O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias... A solução é que nunca vinha... Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a "beleza dos morros ao amanhecer", essas coisas... Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo... Somos o início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão... - Mas...a solução seria... - Solução? Não há mais solução, cara... A própria idéia de "solução" já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma "tirania esclarecida", que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir?; se bobear, vão roubar até o PCC...) e do Judiciário que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do País, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (fazer até conference calls entre presídios...) E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria uma mudança psicossocial profunda na estrutura política do País. Ou seja: é impossível.
Não há solução.
- Você não tem medo de morrer?
- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar...mas eu posso mandar matar vocês lá fora... Somos homens-bomba.
Na favela tem 100 mil homens-bomba... Estamos no centro do "Insolúvel", mesmo... Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira.
Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o "presunto" diário, desovado numa vala...
Vocês intelectuais não falavam em "luta de classes", em "seja marginal seja herói"?
Pois é: chegamos, somos nós! Há há... Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né?
Sou inteligente. Leio, li 3 mil livros e leio Dante...mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto deste País. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade.
Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feita "com autorização da Justiça"? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.
- O que mudou nas periferias?
- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem 40 milhões de dólares como o Beira-mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, ta ligado? Somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no "microondas... há,há... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Lutamos em terreno próprio. Vocês em terra estranha. Não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Somos bem armados.
Vocês vão de "três oitão".
Estamos no ataque. Vocês na defesa.
Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade.
Vocês nos transformam em superstars do crime. Fazemos vocês de palhaços.
Somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor.
Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos.
Nossas armas e produto vêm de fora; somos globais. Não nos esquecemos de vocês; são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.
- Mas o que devemos fazer?
- Vou dar um toque, mesmo contra mim.
Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O País está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, "Sobre a Guerra". Não há perspectiva de êxito... Somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também "umazinha" daquelas bombas sujas mesmo...
Já pensou? Ipanema radioativa?
- Mas...não haveria solução?
- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a "normalidade". Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência.
Mas vou ser franco...na boa...na moral... Estamos todos no centro do "Insolúvel".
Só que nós vivemos dele e vocês...não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela.
Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê?
Porque vocês não entendem nem a extensão do problema.

Como escreveu o divino Dante:
"Lasciate ogni speranza voi che entrate! "

"Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno."